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Osteoporose: quais são os sintomas?

Atualizado: 19 de jun. de 2023

Saiba as causas da osteoporose, como é feito o diagnóstico e como funciona o tratamento


Foto de mulher idosa focada na mão dela, que está sobre o ombro e ao lado do rosto. Ela tem a pele enrugada e usa uma blusa branca.
Mulheres na pós-menopausa são mais suscetíveis à osteoporose | Foto: jcomb/Freepik

Osteoporose é uma doença comum, caracterizada por ossos fracos e que está associada a um risco maior de fratura, espontaneamente ou após uma queda igual ou menor do que da própria altura. As mulheres estão em risco maior de osteoporose após a menopausa, em decorrência da perda do efeito protetivo do estrógeno no osso. Saiba mais sobre a doença, diagnóstico e tratamento.


Sintomas da osteoporose


Usualmente trata-se de uma doença silenciosa (assintomática) até que ocorra uma fratura. A primeira manifestação clínica da osteoporose costuma ser justamente a fratura e não dor osteoarticular, como muitos pensam. A fratura da coluna vertebral é a manifestação mais comum, sendo frequentemente detectada de forma incidental, num raio-x de tórax ou abdome. Outras fraturas incluem o quadril e o rádio distal. Esta fratura, quando acontece, especialmente no quadril, é séria porque frequentemente afeta a capacidade de se locomover.


Diagnóstico


Para o diagnóstico precoce da doença usa-se a densitometria óssea, que nada mais é do que um tipo de raio-x. Este exame deve ser feito em mulheres a partir dos 65 anos, porém aqueles com fatores de risco para a doença podem fazer o exame antes.

O diagnóstico da doença pode ser feito quando ocorre uma fratura por fragilidade óssea especialmente na coluna, quadril, punho, úmero, costela ou nos ossos pélvicos ou através da densitometria óssea, demonstrando um T-score menor ou igual a 2,5 desvio padrão. Outra forma de diagnosticar osteoporose além das acima, é usar um instrumento chamado FRAX, que calcula o risco de fratura em 10 anos. Neste último caso, terá osteoporose quem apresentar risco de fratura maior que 20% em qualquer local do corpo ou risco maior que 3%, em quadril, em 10 anos.

Usualmente as mulheres com osteoporose têm uma perda de massa óssea associada a deficiência de estrógeno e ao envelhecimento levando a uma reabsorção óssea excessiva não compensada pela formação de osso novo. Existem outras causas de fraturas ósseas não osteoporóticas como osteomalácia, tumores, hiperparatireoidismo, insuficiência renal e doença de Paget.


Fatores de risco


Fatores de risco para osteoporose incluem tabagismo, alcoolismo, inatividade física, desnutrição, fratura osteoporótica prévia, fratura de quadril em pais, entre outros.


Mulheres com osteoporose devem fazer alguns exames básicos como hemograma completo, dosagem de vitamina D (25OHD), cálcio, fósforo, creatinina, albumina, função hepática e eletrólitos. Se o diagnóstico da doença for feito por uma fratura prévia, a densitometria óssea está indicada para quantificar a massa óssea e acompanhar a resposta ao tratamento.


Prevenção


Em relação a prevenção da osteoporose, várias medidas são úteis, como:


  1. Dieta rica em alimentos com cálcio como leite e derivados e vegetais verdes (1000 mg de cálcio/dia para mulheres na pré-menopausa e para homens, já para mulheres na pós-menopausa a recomendação é de 1200 mg/dia. Caso não se consiga a quantidade de cálcio na dieta, suplementos de cálcio podem ser usados para complementação.

  2. Em mulheres na pós-menopausa e homens acima de 70 anos, é recomendável ingerir 800 UI de vitamina D diariamente. Frequentemente é recomendável suplementação, pois a vitamina D está disponível em poucos alimentos da nossa dieta.

  3. O uso excessivo de bebidas alcoólicas pode aumentar o risco de fratura. Além disso, o tabaco acelera a perda óssea. Por isso, deve-se evitar o consumo dessas substâncias.

  4. Exercícios podem aumentar a massa óssea nos jovens e mantê-la na pós-menopausa. Ajudam também a fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e reduzir o risco de quedas.

  5. Quedas aumentam o risco de fraturas, portanto é recomendável evitá-las. Para isso, é indicado corrigir a visão defeituosa, evitar caminhar em áreas externas desconhecidas, evitar pisos escorregadios, manter os ambientes bem iluminados e revisar medicamentos que aumentam risco de quedas como, por exemplo, sedativos.

  6. Certas medicações aumentam a perda óssea e devem ser reconhecidas, como, por exemplo, corticoides, heparinas e certos anticonvulsivantes.


Tratamento


O tratamento medicamentoso envolve principalmente medicamentos que reduzem a reabsorção óssea (antirreabsortivos) e, em menor frequência, medicamentos formadores de osso. Necessitam de medicamentos mulheres pós-menopáusicas e homens com mais de 50 anos com história prévia de fratura por fragilidade óssea ou com T-score na densitometria óssea menor ou igual a -2,5 desvio padrão. Também podem ser tratados com medicamentos pacientes com osteopenia (T-score entre -1 a -2,5 na densitometria) e risco significativo de fratura em 10 anos, calculado a partir do instrumento FRAX. As drogas antireabsortivas podem frequentemente ser pausadas após um tempo de uso. Cabe aos médicos orientar seus pacientes quanto a estas questões farmacológicas.




 
 
 

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